Que tal falarmos de autoestima e narcisismo, jogando uma luz psicanalítica nesses conceitos?
A autoestima é esse conceito muito complexo que basicamente dita como nos sentimos com relação a nós mesmos. Quando pensamos na psicanálise, vemos o quanto a autoestima está ligada ao que chamamos de amor próprio. Mas não aquele amor próprio narcísico que ouvimos falar por aí, vai muito além das selfies. Estamos falando de uma dose de confiança em si mesmo e em quem se é, o que é bastante saudável.
A questão é que a autoestima pode ser construída ou destruída por nós mesmos. Pelas experiências que temos ao longo da vida, principalmente na infância e por como interpretamos e internalizamos essas vivências. Um exemplo muito claro disso é perceber como o que ouvimos dos nossos pais ou cuidadores faz toda a diferença na constituição da ideia que vamos criando sobre nós e sobre o mundo. Ouvir “você é uma criança incrível e inteligente” tem um efeito muito diferente do que ouvir “você não sabe fazer nada certo”.
Já o narcisismo faz parte do nosso desenvolvimento e da constituição do nosso psíquico. Todos nós passamos por essa etapa que faz parte do desenvolvimento infantil em que a criança está focada em si mesmo e em suas necessidades. Só se torna um problema se alguém ficar preso nesse estágio, ficando obcecado apenas em si mesmo e não tendo a capacidade de ter empatia e consideração pelos outros.
E qual o equilíbrio disso tudo para a psicanálise?
Nossa capacidade de amar (a nós mesmos e ao outro) e de se relacionar. É não desconsiderar suas próprias necessidades, desejos ou sentimentos, mas equilibrar isso com a ideia que não somos o centro do universo e que existe um outro com quem nos relacionamos.
Somos complexos e nossos sentimentos podem ser confusos, uma montanha russa às vezes. A psicoterapia ajuda a entender mais esses sentimentos e olhares com relação a si e ao outro.
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Psicóloga Gabriela M. Silva
CRP: 06/187269