Falar sobre compulsão sempre nos remete a comportamentos repetitivos e impulsivos que, muitas vezes, chegam e tomam conta, nos deixando “reféns” de emoções e ações que, na maioria das vezes, são muito difíceis de serem compreendidas.
Para entender esses comportamentos, é importante pensarmos no conceito de pulsão, que, na visão psicanalítica, são impulsos psíquicos que temos e que, na maioria das vezes, são inconscientes, ou seja, não sabemos a origem ou até mesmo reprimimos. Essas pulsões podem ser destrutivas ou não e podem vir à tona de diversas formas, inclusive na forma de comportamentos obsessivos, rituais repetitivos, como uma maneira de lidar com aquilo que foi reprimido ou não resolvido e que ainda assim causa ansiedade ou algum tipo de conflito interno. Podemos dizer que a compulsão é uma forma distorcida ou uma expressão camuflada dessas pulsões que todos nós temos, quase como uma válvula de escape tentando colocar algum tipo de “ordem” em nosso psíquico, que às vezes fica bem bagunçado.
Para lidar com tudo isso, é crucial a análise do inconsciente, para que se possa chegar a uma compreensão das raízes do que foi reprimido, olhando para memórias esquecidas, traumas que muitas vezes deixamos de lado ou apenas uma situação que foi muito difícil de lidar porque, naquele momento, não estávamos preparados.
Às vezes, para seguirmos em frente, é muito importante também olhar para o passado, para conflitos internos não resolvidos ou para questões que achamos que estão esquecidas, mas que ainda operam em nossa mente e influenciam nosso bem-estar. É possível encontrar formas novas e saudáveis de lidar com tudo isso, e a psicanálise pode ajudar, jogando luz no que é importante e cheio de significado para nós.
Passamos por muitas coisas que são difíceis de lidar ou que, às vezes, só não temos recursos psíquicos naquele momento, mas não precisamos sofrer sozinhos. Caso identifique esses comportamentos e eles estejam atrapalhando de qualquer forma sua vida, podemos conversar, só marcar uma sessão aqui.
